Febre maculosa, o que você precisa saber!

Casos recentes de Febre Maculosa na região de Campinas, interior do estado de São Paulo, tem causado preocupação com a doença e sua transmissão. Assim, as Secretarias Municipais de Saúde (SMS) das regiões afetadas e próximas orientam  a população sobre os cuidados para prevenir a doença no perímetro urbano e procurar atendimento,  o mais rápido possível, quando suspeitar da enfermidade.

A febre maculosa é uma doença transmitida pela picada de carrapatos, em especial o carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), infectados pela bactéria Rickettsia sp. O carrapato estrela é encontrado preferencialmente em animais de grande porte como cavalos e capivaras. Entretanto, o carrapato amarelo presente em cães, gatos e aves também pode ser vetor, ou seja, transmitir a febre maculosa, quando tem acesso a região de mata e/ou  passeiam em áreas urbanas ou periurbanas de mata atlântica remanescente. 

Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os mais jovens e de menor tamanho são vetores mais perigosos, porque são mais difíceis de serem vistos. Não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra. Se não diagnosticada e tratada corretamente a tempo, pode levar ao óbito. A boa notícia é que existe tratamento, através de uso de antibióticos específicos.

ATENÇÃO:

Nem todos os carrapatos estão infectados com a bactéria.


O carrapato-estrela possui vários estágios de vida e TODOS podem transmitir a Febre Maculosa quando infectados.

Importante lembrar do parasitismo por larvas (micuins) que devido ao seu tamanho reduzido são dificilmente notadas e favorecem o parasitismo prolongado.

 Os carrapatos são infectados ao alimentar de um hospedeiro, como capivaras e cavalos infectados

Uma vez infectado, o carrapato permanece com a bactéria por toda a sua vida

As Capivaras são hospedeiros amplificadores da bactéria R. Rickettsii

O Carrapato-estrela pode parasitar cães quando estes frequentam áreas de risco, mas o cão não é um hospedeiro preferencial do carrapato-estrela.

O carrapato-estrela não infesta o interior de casas,  edificações, caminhos calçados ou de solo exposto e tem  comportamento diferente do carrapato do cão.

 O carrapato  chega ao humano por duas situações: quando o cão ou gato que passeia pela área de mata, volta com o carrapato no corpo que, pode se fixar no corpo da pessoa pelo contato entre tutor e animal de estimação ou o carrapato pode chegar ao corpo da pessoa quando esta realiza trilha ou outras atividades nessas regiões.

Uma fêmea de carrapato infectada pode gerar até 16 mil “filhotes’’ aptos a transmitir rickettsias. Assim, caso viaje para regiões de mata ou área rural o uso de coleiras carrapaticidas e/ou repelentes é indicado. Tome cuidado para que o seu animal  não se torne reservatório da febre maculosa quando você retornar para a sua cidade. Os cães, muitas vezes, não apresentam nenhum sintoma da doença;

Evite deixar o cão ou gato ir sozinho para a rua ou região de mata, use coleira carrapaticida, e verifique se os animais estão com carrapatos. Para quem realiza atividades nessas áreas, o uso de roupas claras e compridas e sapatos fechados pode ajudar na prevenção. Ao voltar para casa, é preciso vistoriar todo o corpo.

Caso encontre algum carrapato, tenha muito cuidado ao retirá-lo. Retire com pinça (jamais com as mãos nuas) e entregar na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência com nome e endereço. Isso possibilita identificação do carrapato na UVZ.

Para moradores de  regiões rurais, é bom não deixar os cães dentro de casa e procurar fazer com frequência a higiene dos animais, principalmente dos cavalos, com carrapaticidas. Além do uso de coleiras carrapaticidas e/ou repelentes outra medida eficaz, que também evita a proliferação dos carrapatos, é aparar o gramado rente ao solo uma vez por ano na época das águas, de preferência com roçadeira mecânica. Com o capim baixo, os ovos ficarão expostos ao sol e não vingarão, quebrando-se o ciclo do parasita;

A febre maculosa é mais comum entre os meses de junho e novembro, período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins;

Não se esqueça de que os sintomas iniciais da febre maculosa são semelhantes aos de outras infecções e requerem assistência médica imediata. Fique atento ao aparecimento dos sintomas e procure um médico para diagnóstico e tratamento rápido.

Gostou? Compartilhe com seus amigos

WhatsApp

Artigos mais lidos

Conheça nossa linha completa de Prevenção e Controle